É cada vez mais comum, no dia-a-dia, ouvirmos falar em termos como stress, cortisol, insulina, glicose… palavras que, em tempos, só faziam parte dos discursos médicos e das aulas de ciências e, hoje em dia, parece que estão na moda, pois entram nas conversas de café com alguma regularidade. Mas será que é claro o que cada um destes termos significa? E será que todos conhecemos o seu efeito na saúde? A Dra. Marta Padilha ajuda-nos a compreender o tema.
Cortisol: a hormona do stress
Quanto maior o nível de stress, mais cortisol o nosso corpo vai produzir nas glândulas suprarrenais. O cortisol tem como função normalizar os níveis de açúcar no sangue e controlar a pressão arterial.
Insulina: a parceira do cortisol
Ajuda a reduzir a glicemia (taxa de glicose no sangue), canalizando a glicose (açúcar) para as células, para que seja usada como fonte de energia para o corpo.
Quando há uma produção excessiva de cortisol — devido ao stress ou a uma alimentação rica em açúcares e hidratos de carbono, por exemplo —, o corpo reforça a produção de insulina no pâncreas, numa tentativa de acompanhar o cortisol. Mas há um limite. A certa altura, apesar da insistência do pâncreas, a produção de insulina vai ser insuficiente para fazer frente ao excesso de cortisol. Assim, o açúcar vai ficar acumulado nos tecidos, não vai ser libertado para a corrente sanguínea e não vai ser utilizado como fonte de energia. Havendo cortisol a mais e insulina a menos, a gordura fica armazenada no corpo, tendo várias consequências — umas mais visíveis e imediatas do que outras — como a dificuldade em controlar o peso, a obesidade, o aparecimento de doenças como a diabetes ou a hipertensão e até o envelhecimento precoce.