Além do desequilíbrio hormonal, a obesidade ou a toma de alguns medicamentos são outros dos motivos que podem dar origem ao aparecimento da Ginecomastia. Na verdade, a Ginecomastia secundária, causada por medicamentos ou pelo uso de esteróides anabolizantes, é muito frequente. E é frequente que se faça acompanhar por problemas de autoestima, já que a Ginecomastia confere à mama masculina um aspeto semelhante ao da mama feminina.
No entanto, deve sempre excluir-se a hipótese de haver alguma patologia associada à Ginecomastia — de origem endocrinológica ou tumoral, por exemplo —, que possa ser responsável pelo aumento da glândula mamária. Para isso, além do exame clínico, deve ser realizado um exame de imagem e, eventualmente, análises dos níveis hormonais, para caracterizar melhor o tecido mamário e excluir outras doenças.
Por norma, a Ginecomastia é unilateral, mas pode desenvolver-se, após meses ou anos, na outra mama. Quando as duas mamas estão comprometidas, pode haver assimetria e a história de desenvolvimento, sequencial ou simultâneo, é importante.
O mamilo e a aréola raramente apresentam mudanças significativas, embora possa ocorrer hipertrofia dos mamilos e alargamento das aréolas. Porém, na maioria dos casos, a doença é assintomática.
Quando a Ginecomastia não desaparece sozinha, a mastectomia e a lipofragmentação da mama são os tratamentos cirúrgicos mais adequados. Mas, nos casos mais simples, é realizada apenas uma lipoaspiração, quando há apenas acumulação de gordura sobre o músculo peitoral. Nas situações em que há um aumento anormal do tecido glandular mamário, este tem de ser retirado.
Nos casos de Ginecomastia secundária, o tratamento é o mesmo, mas deve suspender-se a toma dos suplementos farmacológicos que a tenham provocado.