Nutrição
Saúde Alimentar
Hoje em dia ouvimos falar de doenças que nos parecem novas, por antes serem mais raras. Muitas delas são o resultado das escolhas alimentares contemporâneas e de outros fatores, pelo que há uma relação direta entre a nutrição e as doenças. Portanto, nada mais natural que aliviar os sintomas através da alimentação, tendo-a em consideração no plano de tratamento para determinadas doenças.
A diabetes tipo 2 resulta da insuficiência na produção de insulina ou da resistência à sua ação. Isto provoca um aumento dos níveis de açúcar no sangue e, consequentemente, inúmeros problemas de saúde, ao nível da visão, função renal e circulação. A elevada ingestão de açúcar e o excesso de peso são os principais responsáveis pela diabetes tipo 2.
As doenças cardiovasculares estão relacionadas com vários fatores. No que respeita a relação entre a nutrição e esta doença, a chave está na má alimentação, que ainda provoca hipertensão arterial, excesso de peso e elevados níveis de colesterol LDL. A redução do consumo de sal, gorduras saturadas e açúcares é fundamental. Assim como o aumento do consumo de legumes e frutas.
As doenças gastrointestinais são outra preocupação muito generalizada. Os hidratos de carbono ricos em FODMAP são, muitas vezes, mal absorvidos pelo intestino delgado, acabando por fermentar no intestino grosso. Acabam por dar origem a gases que provocam um grande mal estar. Uma dieta low FODMAP é a solução proposta pela nutrição para combater este incómodo.
Entre outras causas, como o desequilíbrio hormonal, a desregulação do metabolismo da tiroide (hiper ou hipotiroidismo) pode resultar do consumo inadequado de minerais — como o iodo, o cálcio, o ferro e o selénio —, mas também do excesso de peso e da obesidade. Sendo a tiroide fundamental para um correto equilíbrio do metabolismo, quando há um desequilíbrio nos seus níveis, é importante reequilibrar a produção das suas hormonas e, depois, seguir-se um plano nutricional adequado.
São exemplo de doenças autoimunes a psoríase, a artrite reumatoide, o lúpus, a doença de Crohn, o vitiligo e a anemia perniciosa. O consumo excessivo de alimentos pró inflamatórios — como açúcares, farinhas refinadas ou gorduras trans — são um dos catalizadores da principal característica das doenças autoimunes: a perda da capacidade, por parte do sistema imunitário, de distinguir agentes externos daqueles que fazem parte do organismo, atacando-o.
Através da nutrição, é ainda possível resolver patologias derivadas de doenças como a osteoporose, a anemia, a gota ou a insuficiência renal.
A moderação de certos alimentos, como os referidos, é fundamental para afastar as doenças, mas pode ser necessário incluir ou dar especial atenção a outros alimentos. Assim, é fundamental ter um plano alimentar e confirmar com um especialista se há necessidade de ter mais alguma coisa em consideração para complementar o tratamento.
Depende. Em alguns casos, como no da diabetes, colesterol alto ou hipertensão, a alteração dos hábitos alimentares pode reduzir ou mesmo eliminar a toma da medicação. Nas restantes situações, o alívio dos sintomas e da doença pode ser uma ajuda essencial no alcance da qualidade de vida, porque a abordagem medicamentosa não é a única solução!
Mas, mais do que aliviar sintomas já existentes, a abordagem preventiva é sempre a melhor opção, pelo que deve ter sempre cuidado com a alimentação.
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